O Brincar como Forma de Aprendizagem Significativa

08 de Dezembro, 2016

O Brincar como Forma de Aprendizagem Significativa

O brincar vem se distanciando cada vez mais do cotidiano das crianças.

Com o aumento da violência os pais estão cada vez mais preocupados em proteger os filhos desses acontecimentos.

O problema não é só a violência, mas toda a essência que se perdeu com a ruptura do hábito de brincar.

Nos escondemos em casas muradas, condomínios apertados e apartamentos cheios de estímulos para nossas crianças. Acabamos por acreditar que essa falsa sensação de liberdade nos sacia de verdade.

O verdadeiro problema é que esses estímulos criados por nós, pais, professores e família não substitui o verdadeiro sentido da brincadeira. Nos vemos “criando “ situações para os nossos pequenos que normalmente são direcionadas pelas nossas próprias vontades ou até pela nossa subjetividade.

Aprender a jogar bola na rua, cair e levantar, disputar com o amigo aquele brinquedo que também queremos desfrutar se tornou algo destinado só para as escolas.

Atendo muitos pais que estão frustrados porque seu filho ainda não consegue contar até dez ou diferenciar as cores. Acontece que essa aprendizagem também se faz de forma lúdica, separando o Lego, vestindo uma boneca e montando um quebra cabeça. O ato de brincar na educação infantil proporciona a criança respeitar as regras constituídas por si e pelo grupo, colaborando na integração do indivíduo inserido em uma sociedade. Deste modo, à criança estará resolvendo desordens e hipóteses de conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a aptidão de compreender pontos de vista diferentes, de fazer-se entender e de demonstrar sua opinião em relação aos outros.

Se já não é viável inserir o lúdico, o contato com a natureza em casa, precisamos estimular nossos professores para que assim o façam, aprender de forma lúdica promove uma aprendizagem significativa e prazerosa. Como dizia Oliver Wendell Holmes “Nós não paramos de brincar porque envelhecemos,
mas envelhecemos porque paramos de brincar.”



Sofia Johann Winter Psicopedagoga do NAP